quinta-feira, 25 de junho de 2009
quarta-feira, 24 de junho de 2009
Código de Ética dos Jornalistas
Segundo a Fenaj, o artigo décimo primeiro fala bem de assunto que a câmara escondida e outros meios de conseguir as matérias arroz com feijão. O recurso era talhado para a televisão, mas, como as primeiras câmeras, dos anos 40 até 70, eram trambolhos indisfarçáveis, as emissoras limitavam-se a instalá-las em prédios ou camionetas para flagrar a ação nas ruas.
A miniaturização dos equipamentos, no final dos anos 80, fez a festa da reportagem oculta, quando a Toshiba e a Elmo passaram a produzir câmeras que podiam ser escondidas num estojo de batom. veja agora estas fotos que mostram com as Câmara podem ajudar as pessoas a flagrar pessoas com má intenção como por exemplo as babás
ouça agora um podcasting sobre as Câmera Oculta
O código de ética da Sociedade dos Jornalistas Profissionais e restritivo quanto ao uso da câmera escondida “segundo o código ética só pode ser
·Quando a informação a ser obtida é de importância profunda, A reportagem deve ser de interesse público vital, tal como revelar um grande fracasso do sistema em alto nível ou para prevenir dano de alta magnitude a indivíduos
· Quando todas outras alternativas para obter a mesma informação estiverem esgotadas.
· Quando o dano evitado pela informação obtida com esse engano é mais importante que dano causado pelo ato da fraude.
O código e bem claro em questão do uso da Câmara Oculta.
E você leitor que saber um pouco mais sobre como era as redações dos jornais antes da chegada dos PCs, acompanhe a repórter Bruna Sardinha nessa viagem muito interessante.
E agora vejam os vídeos dos profissionais sobre o uso da Câmara escondida.
quinta-feira, 23 de abril de 2009
Dayane Molina de Albuquerque Fonte: Webjornal-laboratório, n. 77, Universidade do Norte do Paraná
segunda-feira, 20 de abril de 2009
O assassinato do jornalista Tim Lopes, numa favela do Rio de Janeiro, há 4 anos, deu origem a uma série de debates sobre as técnicas do jornalismo investigativo no País. Morto em 2002 enquanto fazia uma reportagem para a Rede Globo, no morro, sobre pornografia infantil nos bailes funk, o jornalista de 51 anos havia trabalhado em veículos como o jornal O Globo, O Dia e Jornal do Brasil.Estava na Globo desde 1996 e a sua carreira foi marcada pelas reportagens investigativas.Em 30 de agosto do mesmo ano do crime que chocou o País e toda a comunidade jornalística, o auditório do BNDES no Rio abrigou o primeiro seminário “Jornalismo Investigativo: Ética, Técnicas e Perigos”, promovido pelo Centro Knight para o Jornalismo nas Américas da Universidade do Texas.O encontro motivou as reflexões sobre os riscos da profissão e representou o esforço dos organizadores para não deixar o caso de Tim Lopes cair no esquecimento. Para a presidente da Federação dos Jornalistas Beth Costa, foi a chance para uma reflexão coletiva e a busca de saídas para os desafios da profissão.“Que eu me lembre, esta é a primeira vez que a gente tem a oportunidade de sentar e discutir, profissionalmente, o que é ser jornalista investigativo”, disse Costa na época do encontro.Esta mobilização dos jornalistas, nos primeiros meses após o assassinato, também foi conseqüência dos relatos da organização Repórteres Sem Fronteiras que estimou que 526 jornalistas haviam morrido, em dez anos, no exercício da profissão. Só na América Latina, em 18 anos, 290 jornalistas foram assassinados. Entre os motivos das mortes, apareceram ditaduras, guerras, conflitos populares e as matérias de investigação.Para o professor Francisco Karam, da Universidade Federal de Santa Catarina, a profissão do jornalista implica sempre no prejuízo. “Profissionais são ameaçados e mortos porque, quando trabalham a favor de alguém, podem estar trabalhando contra outro. É da natureza ética do jornalismo prejudicar pessoas e prejudicar modelos de vida, regimes e sistemas”, afirma Karam.Foi em 2002, durante o seminário no Rio de Janeiro, que surgiu a idéia da criação da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo). A associação visa discutir os rumos da profissão do jornalista diante da prática investigativa. O site da instituição trás notícias sobre outras associações e fatos que ameacem a vida dos profissionais da notícia no Brasil.Nos principais sites jornalísticos do País a discussão sobre a ética das câmeras escondidas é sempre movida por muita reflexão acerca dos parâmetros da atividade informativa e os limites que devem ser observados pelos profissionais.
Repórteres disfarçados e câmeras ocultas foram alvo de processo à rede de TV americana ABC ao fazerem uma reportagem sobre os bastidores de uma loja da rede Food Lion, em 1992, na Carolina do Norte. Os repórteres empregaram-se na loja e gravaram conversas e decisões de funcionários que alteravam datas de validade de produtos vendidos na loja, como carne e enlatados, por exemplo.Os funcionários da empresa alegaram que o prejuízo da reportagem veiculada em novembro de 1992, foi de US$ 1,7 bilhão. O júri condenou os repórteres à pena no valor de US$ 5,5 milhões por fraude, mas a pena acabou por ser reduzida para US$ 315 mil.A prática que é habitualmente usada por repórteres brasileiros, foi condenada nos EUA pelo fato dos jornalistas forjarem uma falsa identidade e gravarem conversas e imagens com câmeras escondidas, de pessoas desavisadas. Além disso, a rede de supermercados não contestou as imagens nem a veracidade das notícias apuradas, mas a conduta fraudulenta dos repórteres da ABC.A Food Lion manifestou que os jornalistas se fizeram passar por funcionários da empresa, submetidos a obedecer ordens e pagos para isso. Dessa forma, seriam processados por deslealdade e por causar prejuízos à empresa na qual trabalhavam, mesmo que falsamente. Os direitos pelas imagens também foram reclamados. A empresa quer cobrar direitos autorais da ABC.O fato da loja ter vendido produtos com data de validade alterada, não parece ter representado grande perigo para a sociedade. A única preocupação da empresa afetada e do júri, parece ter sido no procedimento polêmico dos autores da reportagem. A falsidade ideológica dos jornalistas foi o verdadeiro alvo dos processos.Depois da morte da princesa Diana, perseguida por fotógrafos em Paris, o debate sobre a privacidade tomou rumos mais abrangentes nos EUA. O país considerado um dos mais democráticos do mundo, não considera a liberdade de imprensa uma prioridade. Segundo pesquisa feita pelo jornal USA Today, na época da morte de Lady Diana, a maioria dos americanos preferem o direito de não serem importunados à liberdade da imprensa no país.A preocupação com a privacidade motivou a criação de leis em parlamentos estaduais, onde um cidadão tem o direito de recorrer à justiça para manter longe um jornalista inoportuno. Mas segundo o presidente da Associação Nacional dos Fotógrafos de Imprensa, David Lutman, "a lei não vai parar os paparazzi. Eles ganham tanto com uma foto que vale a pena desrespeitar a lei".